Tuesday, October 03, 2006


UMA SEREIA NO MEU DESERTO




De muito falar nunca fui amigo
Por isso não sei o que te digo
Mas estes garranchos confusos como um labirinto
Confessaram tudo o que sinto
Por dentro eu era como um deserto


Árido, com areias escaldantes
Seco, com ares sufocantes estéril

e pelo manto da morte coberto


Onde a única água que ali existia
eram as lágrimas que de mim conseguiam aflorar
Cada vez mais raras na minha existência vazia
Pois cada vez mais eu não tinha pelo que chorar
Assim eu perdido caminhava
Ao inferno de mim mesmo
E percorrendo distância a esmo
Intensamente te buscava
Até que um dia, novamente achei-me vivo
E por esse feliz motivo
Agarrei-me tanto a esse amor desesperado
Na verdade nunca ...
Meus olhos viram tantas cores
Minha boca provou tantos sabores
Meu corpo recebeu tantos favores
Minha alma descobriu tantos amores
E tudo isto entregue com tanta sofreguidão
Atravez de beijos e abraços ardorosos
E tantos outros prazeres humanos
Por uma sereia de olhos mágicos e alma secreta
Que inundou o vazio do meu coração
Com poderes diversos e maravilhosos
Capazes de transformar desertos em oceanos
E qualquer homem em poeta...

Rafael Paolo

Essa poesia foi um presente do meu amigo RAFAEL como prova de afeto e carinho.

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